segunda-feira, janeiro 29, 2007

Sobre o bater das asas.

Se voce quiser ir,
eu vou deixar.
Vai em paz.
Vai com Deus.

Que eu possa lembrar de cada vão momento!
Vivo, presente, eterno,
Como uma borboleta que cresce
e que um dia voa, porque esse é seu destino.

Vai.
Leva consigo os sorrisos,
a brisa daquela tarde em frente ao mar.
As juras de amor.

E lembra,
que um dia fomos um,
que tua alma tocou a minha
que parte de mim estará indo também.

sábado, janeiro 20, 2007

Sobre uma canção.

A cançao tocou mas nada pude fazer
O tempo levou consigo a melodia
A letra passou do ponto
O vento voou
e consigo levou o tom, a cor, a magia
Para onde foi? Nao sei.
Se escondeu em alguma fermata
Ficou despercebida, incolor, palida.
Sumiu, pelo q soube..

E por mais que eu procure
Não acho nem vestigios de sua presença.
Lembranças inuteis, descredulas, frias.
E novas canções a nascer.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Sobre a roda da vida.

Só queria abrir o post mesmo pra deixar escrito, alem de colocado em vibração, que: A vida é um ciclo. Um ciclo que não pára, que dá 'voltas', ou seja, que pode passar pelos mesmos locais. Hoje sou uma. Amanha não serei mais quem sou. Estarei modificada pelo vento, pela chuva ou pelo sol, na verdade pelo que não importa. Nao serei eu, mas tambem nao serei você, nem ele, nem ela, nem niguem, pois serei um novo eu. Um novo eu sem deixar de lembrar das frustacoes do eu morto, nem do medo do eu nascente. Pois a roda gira e é necessario que sejamos justos, verdadeiros e firmes. Afinal, o mundo pode girar e 'de repente nao mais que de repente', encontremos um reflexo do nosso eu morto muito mais perto do que imaginamos.
Hoje eu diria: tenho um desejo. Alias, desejo nao, porque depois de saciados, se tornam despreziveis..
Tenho uma Vontade: Queria viver com mais calma. Admirar a vida, quem sabe.
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
Clarice Lispector.