segunda-feira, abril 12, 2010

Sobre as coisas que [ainda] faltam.

Ainda restam tantas coisas pra te dizer.
Falta uma série de dizeres sobre o amor que senti - e sinto.
Falta falar sobre o periodo em que passei sem você - ou com a ilusão disso.
Falta contar sobre os planos que fiz - caso haja futuro.
Falta lhe dar o beijo que minha alma tanto quer que te dê - e te dá todas as noites.
Falta me colocar nua diante de você - nua de corpo e palavras.
Falta desenodar isso que eu chamo de nós - se é que o quero.
Falta a viagem de férias que planejei - somente eu, você, e nós mesmos.
Falta saber se você tem estado bem - apesar de mim.
Falta cheirar seu pesçoco e te sentir - e sonhar.
Falta dizer as malditas palavras não-ditas - dizê-las e nada mais.
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Falta tanto que nem sem dizer. E mesmo que o dissesse, saberia que haveria uma falta, a saber, falta de você. Porque poderia passar uma eternidade pensando, sonhando, sentindo, mas nada substituiria o prazer de ser o que sou ao me perder em ti.
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Retiro tudo o que disse. Digo apenas que se ainda há falta, a coloco no espaço silencioso entre a dor e a glória. Eu prefiro não dizer, ou des-dizer, o que dá no mesmo. A falta denuncia o que não é possivel de ser denunciado. Fala de coisas que não podem ser faladas.
Eu que pensei que seria mais fácil assim, descobri que talvez esteja no extase e não o saiba.
Mas tambem, "não sei e não quero saber."

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eu me perdi completamente na música.
não há mais o que ser dito.