sábado, janeiro 26, 2008

Sobre um retorno.

Ela tornou a visitar-me,
como sempre, fria, pálida, incolor.
Seus braços ainda eram macios,
e de tão macios, sedutores.
tomou-me alma, e mais tarde,
corpo, atos.
Adentrou, como jamais havia feito,
deixou sentir o meu mais doloroso grito de desespero.
Regou a terra que a tempos estava seca,
- terra esta que pensei não dar mais frutos -.

Como num ato de fúria
quis possui-la mais que a mim mesma.
Beijei,
toquei,
senti,
revivi.
Precisava de ti,
como um mendigo de migalhas,
como um pulmão de ar.
Sei que estás aqui comigo até a próxima estação.
E mesmo que as flores não apareçam,
sei que estarás entre a areia que cega os olhos,
em cada vento seco que vier do oeste.

domingo, janeiro 13, 2008

Sobre o que foi dito.

Às 04:45 da manhã:

As outras tantas coisas, seriam apenas mais do mesmo..

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Sobre os dias que passam.

Puxo, abro, remexo, canto, leio, escrevo...
Olho o relógio. O tempo custa a passar. Me perco em imagens que vão e vem, mas que no fundo ainda não fazem sentido. É quando finalmente tento colocar sentido no que não há sentido e percebo o quanto nossos pensamentos sao frágeis, e como num mesmo espaço de tempo eles podem nos trazer de um êxtase a um lamaçal de depressões. Poderia escrever horas sobre a intensidade de um pensamento. Apesar disso, tenho a certeza de que não conseguiria expressar tamanha fluidez.
Prefiro perder-me na doce e suave musica que ecoa pelo quarto. Ouço-a reptidas vezes, e é incrivel como o seu tom não se abala, nem sequer modifica-se. Em meio a flashs, luzes, cores, e dores, descobro o inimaginável: Que a musica vem de dentro de mim. Ela voa, solta, livre, linda. Passeia por entre os moveis, dança com a mais bela mobilidade, quase que se faz ressurgir do pó.
É a mais bela canção de todos os tempos. É a canção da vida.




Tic-Tac.