Eu não caibo mais na minha cabeça.
Esse lugar pequeno e cheio de tralhas,
já não me pertence.
Fui embora, e só percebi
depois que cheguei
em lugar nenhum.
Cidadã do mundo?
Descobri que moro
em lugar nenhum.
Desalojada,
Desmembrada,
Desmamada.
De dés em dêz,
já dei o suficiente
numa matemática
que não fecha.
Esse (a)lugar de que me sirvo
é o mesmo
de onde posso
Re-nascer,
Re-escrever.