quinta-feira, julho 24, 2008

Sobre o céu que me perdi.

para os olhos que olhei e nada vi.
Joinville - Florianópolis



De repente, não mais que de repente me apaixonei pelo céu. Paixão é coisa dos deuses, coisa louca, coisa mítica. E o céu.. Ah! o céu.. Como era lindo, intenso, imenso. Toda aquela extensão me tomava como água... líquida, livre. Água que forçava a sair porque não mais merecia estar presa. Desejava percorrer caminhos antes trilhados, mas já esquecidos. Sem minha permissão, me invadia e retirava de dentro do meu ser o tom amarronzado deixado pela terra que sujara horas antes.
Todo aquele céu só meu.
Mas não. Não queria me apaixonar pelo céu, porque o céu de tão livre é impalpável, e sem mãos, como poderei? Não. E quanto mais eu negue que a imensidão do céu hoje está em mim, sinto-me rodeada por ele; aonde quer que eu vá, pra onde quer que eu olhe.

Não. Não pelo céu.





---Post interrompido 1---



ficaria horas a olhar-te,
perder-me
e quem sabe um dia,
encontrar-me.

ficaria por toda uma eternidade
a mirar-te,
a sentir-tocar-descobrir,
e, entregar-me.