Lágrimas escorrem pelo meu rosto.
O que aconteceu
para que agora
elas tenham vida?
Elas caem
e cada pingo vira flor.
Meus olhos ainda estão turvos,
nao enxergo bem o horizonte.
Mas enquanto caminho,
sinto a grama verde nos meus pés,
massageando
o que outrora
foram dores, machucados.
Há cores e há vida,
mas choro.
Choro todas as lágrimas
que um dia
molharam o chao árido do deserto
que vivia.
Choro,
e nascem flores.
Choro,
e brota vida.