domingo, abril 09, 2017

Sobre Bloom.

Sabe o que eu preciso?
Gritar.
E por mais que eu gritasse alto e mostrasse minha dor, você não entenderia.
Eu posso gritar algo,
Posso perder a voz.
Mas você ainda não consegue ouvir,
Ainda não consegue traduzir minha dor.
Talvez nem eu consiga,
E por mais que grite,
Não diga nada.
Eu choro,
Eu derramo lágrimas que formam um oceano,
Mas você não entende que é mais profundo do que se possa pensar.
Eu choro e grito.
Me debato diante de minhas dores.
Estou aprisionada,
Gritando e chorando.
E você não entende nada.

sexta-feira, fevereiro 24, 2017

Sobre lágrimas.

Tem dias que choro por dentro.
Meu rosto sorri,
O dia parece lindo.
Mas, por dentro, choro.
Choro ao contrário.
Sinto as lágrimas invadindo meu corpo
Meu ser
Tudo  em mim.
E choro.
Lágrimas de tristeza
Lágrimas de dor.
Choro.
Mas o dia parece lindo
E é preciso continuar.
Seguir e sorrir.
Nem que lágrimas caiam por dentro.
Eu choro, e não consigo parar.
Soluço, desespero, lágrimas.
É assim que normalmente choro.

terça-feira, janeiro 31, 2017

Sobre o ciclo da dor.

Esse sentimento que me corrói desde a minha mais tenra infância, tem constantemente me visitado. Medo, medo, medo. Estou paralisada. Não consigo falar, e meus pensamentos ficam cristalizados naquelas cenas de agressão mental.
Hoje sou eu quem me agrido. Hoje sou eu quem repito pra mim aquelas frases feias, aquelas risadas enlouquecedoras.
Não há ninguém. Há, sim, eu.
Essa dor cíclica pede pra sair, seja por forma de lembranças, ou em forma de mudez. Ela precisa tomar corpo, voz.
A voz da dor.
A voz da raiva.
A voz do ódio.
A voz das lágrimas.
Essa dor, que vem de algum lugar, que existe e persiste precisa sair. E é por esse momento de libertação que eu tanto aguardo.

segunda-feira, janeiro 09, 2017

Sobre a [re]volta

Não importa o que eu sou,
O que quero,
Você me transborda.
Conduz-me ao esgoto do meu ser,
E ainda sim,
Permanece altivo ao meu lado.
Quem é você,
Que me traz a escuridão
E me salva de mim?
Quem é você que me leva ao fim?

Te sigo,
Te cheiro,
Te preencho.

Mas o que sou
Perdida em meio a bagunça,
Jamais saberei.

Construirei.