sábado, maio 21, 2022

Sobre o palavrear.

As vezes as palavras pulam da minha boca

Como se tivessem vida própria.

Elas voam, 

Bailam com o vento e vão se embora.


Tenho o costume de guardar as palavras

Como se fossem peças de um tesouro.

E quando elas saem, soltas,

Me assusto e choro.


Fico ao avesso de mim.


Palavra é coisa morta.

A gente é que insiste 

em dar sopros de vida.