As vezes as palavras pulam da minha boca
Como se tivessem vida própria.
Elas voam,
Bailam com o vento e vão se embora.
Tenho o costume de guardar as palavras
Como se fossem peças de um tesouro.
E quando elas saem, soltas,
Me assusto e choro.
Fico ao avesso de mim.
Palavra é coisa morta.
A gente é que insiste
em dar sopros de vida.