quinta-feira, dezembro 09, 2010

Sobre o silêncio.

Outro dia estava lendo num blog um texto sobre o silêncio de Deus. O texto que arrebatou de tal forma, não sei se pelo momento em que estava vivendo ou se pela necessidade de um silêncio mais profundo, que passei a pensar sobre o tal do "silêncio". Acho que em parte, o fim do ano nos tras a tona certas reflexões sobre momentos em que é preciso falar, correr, agir, pensar, mas, o principal: silenciar e ter a sutileza de olhar para trás com sabedoria, bem como encher de ar o peito e ter coragem suficiente para seguir a frente.
Esse é o momento de ter coragem. Estradas são várias, mas caminhos somos nós que fazemos.
É hora de fazê-lo, silenciando, ou falando enormes silêncios.

domingo, setembro 12, 2010

Sobre o meu "bad romance".

Esses tempos tem sido bastante comum uma sensação incomoda. É pequena mas destruidora. Algo próximo ao desespero. Estranho, chato, feio e ainda por cima, dói.
Parece que vou explodir a qualquer momento.
E esse pode ser o último.

...

Oh-oh-oh-oh-oooh!
Oh-oh-oooh-oh-oh!
Caught in a bad romance.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Sobre uma assídua saudade.

Já faz quanto tempo mesmo? Meses, anos, décadas! Estranho que para mim o tempo não passou. Ainda respondo mensagens que chegaram há semanas atrás. E quando é noite, beijo seus lábios em segredo, de um jeito que somente eu e você saberia como, onde, porque.

Existem coisas que eu realmente não compreendo.
Sei apenas que somos humanos demais para fazermos um.

terça-feira, agosto 17, 2010

Sobre uma frequente indignação.

Tem horas que fico indignada com as barbaridadades da vida coletiva. As pessoas estão chegando ao ápice da imundice humana, não se respeitam mais. Parece que estou no lugar errado, na hora errada.
Dá pra acreditar?
E ainda me dizem pra ter paciência porque a vida é assim mesmo.



Assim mesmo o caralho!

quinta-feira, julho 29, 2010

Sobre o começo de um novo tempo.

Tem uma hora na vida em que não nos resta outra opção a não ser mudar. Mudar de jeito, de roupa, de par, de caminho. Mudar o rumo, a cor do cabelo, o sapato que incomoda... Simplesmente M-U-D-A-R. Costumo ser ávida por pequenas mudanças, mas nada que me desestabilize, afinal, o que me dá uma idéia [sendo ela fantasiosa ou não] de segurança é aquilo que poderei contar pra não desabar.
De qualquer maneira, sinto que esse momento, o tal momento em que tudo cai e as coisas que antes eram escondidas vem à tona, está pra chegar.
De início, reservo-me a mudanças sutis, como a cores.

Ao que me parece, é um bom prenúncio começar com as cores.

segunda-feira, abril 12, 2010

Sobre as coisas que [ainda] faltam.

Ainda restam tantas coisas pra te dizer.
Falta uma série de dizeres sobre o amor que senti - e sinto.
Falta falar sobre o periodo em que passei sem você - ou com a ilusão disso.
Falta contar sobre os planos que fiz - caso haja futuro.
Falta lhe dar o beijo que minha alma tanto quer que te dê - e te dá todas as noites.
Falta me colocar nua diante de você - nua de corpo e palavras.
Falta desenodar isso que eu chamo de nós - se é que o quero.
Falta a viagem de férias que planejei - somente eu, você, e nós mesmos.
Falta saber se você tem estado bem - apesar de mim.
Falta cheirar seu pesçoco e te sentir - e sonhar.
Falta dizer as malditas palavras não-ditas - dizê-las e nada mais.
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Falta tanto que nem sem dizer. E mesmo que o dissesse, saberia que haveria uma falta, a saber, falta de você. Porque poderia passar uma eternidade pensando, sonhando, sentindo, mas nada substituiria o prazer de ser o que sou ao me perder em ti.
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Retiro tudo o que disse. Digo apenas que se ainda há falta, a coloco no espaço silencioso entre a dor e a glória. Eu prefiro não dizer, ou des-dizer, o que dá no mesmo. A falta denuncia o que não é possivel de ser denunciado. Fala de coisas que não podem ser faladas.
Eu que pensei que seria mais fácil assim, descobri que talvez esteja no extase e não o saiba.
Mas tambem, "não sei e não quero saber."

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eu me perdi completamente na música.
não há mais o que ser dito.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Sobre uma enfermidade.

Dias dificéis. Diarréia mental.
Nada fica. Enjôo de viver.
Vômitos carregados de palavras mal digeridas.


Palpite: fuga/esquiva.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Sobre a pedra no meio do caminho.

Falta-me coragem para que possa olhar a realidade a minha volta. É certo que o mundo não poderia se quer adaptar-se aos meus desejos, mas admito que o real me corta, me invade e me destroça. Uma das minhas bases está desmoronando e ainda não consigo saber o que fazer. Tudo irá abaixo?
Uns diram "escolha", outros falta de maturidade, conformismo.
Eu diria... Hum. Eu não diria nada. Eu não sei o que dizer.
Mas me sinto despedaçada por dentro, vejo um bando de cacos, pedaços de menina-mulher por todo o chão e nada faço a não ser olhar. Faltam-me as palavras. Elas escorrem de minha língua como as lágrimas dos meus olhos. Inevitável. E não pense que seria só uma questão de dor. É mais. É perder-se, é introspecção, é o horror em si.
É angústia.