terça-feira, janeiro 31, 2017

Sobre o ciclo da dor.

Esse sentimento que me corrói desde a minha mais tenra infância, tem constantemente me visitado. Medo, medo, medo. Estou paralisada. Não consigo falar, e meus pensamentos ficam cristalizados naquelas cenas de agressão mental.
Hoje sou eu quem me agrido. Hoje sou eu quem repito pra mim aquelas frases feias, aquelas risadas enlouquecedoras.
Não há ninguém. Há, sim, eu.
Essa dor cíclica pede pra sair, seja por forma de lembranças, ou em forma de mudez. Ela precisa tomar corpo, voz.
A voz da dor.
A voz da raiva.
A voz do ódio.
A voz das lágrimas.
Essa dor, que vem de algum lugar, que existe e persiste precisa sair. E é por esse momento de libertação que eu tanto aguardo.

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